viernes, octubre 29, 2004

Bodega. De Brasil.

Bitácora del Navegante. Bodega.

A veces me reclamo la independencia del Brasil como continente, o subcontinente al menos.
Parece ser autónomo (y no una mezcla, como nosotros) y diseñar estilos de vida inentendibles, para los no brasileños.
Cuando descubrí a Vinicius de Moraes, pensé que alguien como él inventó el tango. Y alguien como Jobim le puso música y garabateó unos adoquines (o un camino de arena, mejor...) por donde pasa la samba y la bossa, indefectiblemente.
Inutil comentar la letra. Sería barroco y hasta contraproducente.
Helas aquí, algunas.

Se ela tivesse
A coragem de morrer de amor
Se não soubesse
Que a paixão traz sempre muita dor
Se ela me desse
Toda devoção da vida
Num só instante
Sem momento de partida
Pudesse ela me dizer
O que eu preciso ouvir
Que o tempo insiste
Porque existe um tempo que há de vir
Se ela quisesse, se tivesse essa certeza
De repente, que beleza
Ter a vida assim ao seu dispor
Ela veria, saberia que doçura
Que delícia, que loucura
Como é lindo se morrer de amor

Se Ela Quisesse, Vinicius de Moraes / Toquinho


Vivo sonhando, sonhando
Mil horas sem fim
Tempo que vou perguntando
Se gostas de mim
Tempo de falar de estrelas
De um céu, de um mar assim
Falar de um bem que se tem
Mas você não vem, não vem
Você não vindo, não vindo
A vida tem fim
Gente que passa sorrindo
Zombando de mim
E eu a falar em estrelas
Mar amor e luar
Pobre de mim
Que só sei te amar
Você não vindo, não vindo
A vida tem fim
Gente que passa sorrindo
Zombando de mim
E eu a falar de estrelas
Mar amor e luar
Pobre de mim que só sei te amar
Pobre de mim que só sei te amar
Pobre de mim que só sei te amar

Vivo sonhando, Tom Jobim.